Crianças neurodivergentes geralmente são excluídas nas escolas, se estas não estiverem preparadas para acolher os pequenos nas atividades dentro e fora de sala de aula. O professor precisa buscar uma forma para aquela criança participar das atividades e a escola dever ser adaptada para receber este aluno. Seja com profissionais capacitados para o atendimento, seja também com uma estrutura adequada, caso o aluno tenha problema de mobilidade.
Indivíduos com autismo, dislexia, TDAH, síndrome de Tourette, disgrafia, entre outras manifestações, são chamados deneurodivergentes, isto é, que têm um desenvolvimento ou funcionamento neurológico diferente do padrão esperado pela sociedade em geral. Esse trabalho de inclusão tem que ser feito em parceria – escola, família e demais alunos – parque seja bem-sucedido. É preciso conhecer as necessidades de cada criança, saber do que ela precisa e entender que cada um tem suas singularidades.
Conviver com as diferenças
Alguns alunos vão precisar de um especialista na sala de aula para ajudá-los. Essa necessidade deve partir de uma observação do professor, da direção da escola e da demanda da família. E importante que a escola esteja aberta e preparada para esta questão.
Os colegas de turma podem e devem ajudar com a inclusão dos alunos neurodivergentes. É preciso que os pais e os profissionais da escola ensinem às crianças a importância de conviver com as diferenças e que cada um tem características próprias que devem ser respeitadas.
Tendo respeito e carinho pelo outro toda a inclusão será bem-sucedida e isso vale para a vida de uma maneira geral. Adolescentes e crianças devem exercer a empatia e respeitar as diferenças e limitações de um colega de turma, de um parente e de um estranho.
Comunicação não violenta
É necessária uma discussão cada vez maior nas escolas e em casa sobre a necessidade de uma comunicação mais assertiva e não violenta. Hoje temos alguns problemas em nossa sociedade que se agravam com a ausência dos genitores na rotina, no cotidiano dos filhos e isso acaba acarretando uma insegurança no menor e gerando agressividade.
A falta desse limite e da atenção faz com que os filhos fiquem excessivamente na internet e acabem assumindo valores que não são os deles. Se a família não construiu valores sólidos os filhos ficam à mercê desses valores externos.
Então a inclusão escolar deve passar por mudanças e aceitação das diferenças que devem estar presentes nos valores vindos de casa e da escola também. Filhos de pais preconceituosos tendem a ser preconceituosos. A inclusão é um trabalho de parceria entre a escola e as famílias.
Experiência de inclusão
Ao matricular um filho neurodivergente na escola pais devem ter uma atenção maior de como ela lida com a inclusão.
Saber se o local possui experiência anterior, se está aberto a novas experiências e se tem uma estrutura adaptada, caso seja necessário.
É preciso investigar a melhor escola para que seu filho não tenha problemas de adaptação seja recebido por todos da melhor maneira possível.
Artigo de Andreia Calçada
Publicado no site Sinapsys.news