Entrevista na Revista Crescer sobre como lidar com palavrões em crianças!
Quando você bate o dedinho do pé na quina de um móvel, toma uma fechada no trânsito ou seu time leva um gol, são altíssimas as chances de deixar escapar um sonoro palavrão para desanuviar. E isso pode acontecer na frente do seu filho. Lave a boca com sabão quem nunca soltou um “Mas que mer#$…” ou um ecoante “Vai tomar no #$” – mesmo sem pensar – na frente das crianças.
Mas o problema maior é quando elas mesmas passam a incorporar essas expressões de baixo calão ao seu vocabulário – o que costuma acontecer por volta dos 5 ou 6 anos. Em uma enquete feita no site da CRESCER com 89 pais e mães, 69% responderam que seus filhos de até 8 anos já deixaram escapar um palavrão. Se você faz parte deste grupo, não se aflija. “As crianças iniciam isto apenas como uma mera reprodução do que escutam. Percebem que os palavrões possuem um sentido além da palavra, ou seja, ao falar, o adulto normalmente apresenta reações de surpresa, ou de graça ou ainda de incômodo, e isto os faz querer repetir”, explica a psicóloga e psicoterapeuta Andréa Calçada (SP). Isso não quer dizer que os pequenos compreendam o sentido dessas expressões, apenas que querem chamar a atenção de alguma forma, despertando reações. “É como se fosse uma forma de entrada no mundo adulto. Gera uma sensação de “poder” que os diverte e os leva a repetir, sem saber, o que estão falando”, completa.